Pouco tempo depois, começou outra falação, o assunto agora era finanças. Uma disse que casou com militar porque teria o futuro garantido, outra disse que iria estudar e trabalhar muito pra virar madame, a outra disse que estava conformada, mas que depositava no marido e no filho a esperança de ter muito dinheiro, carros e casa na praia. Surgiram histórias de outras pessoas que deram golpe e hoje estão bem, de pessoas que casaram por interesse e gente que mudou de vida por causa de uma herança.
Pouco tempo depois surgiu o assunto sobre cabelos. A cabeleireira comentou que uma cliente havia pagado um preço absurdo para colocar implante. A outra disse que o corte da fulana tinha desfavorecido a beleza, que uma ciclana vive no salão pintando e experimentando novos tratamentos, mas o cabelo continuava um lixo. Foi um festival de reclamações, de julgamentos e pré-conceitos. E não pararam por aí, falaram de maquiagem, sobre roupas, sobre relacionamentos e sonhos.
Depois de todos esses assuntos, eu parei e pensei: porque não agradecem o corpo saudável que têm?! A capacidade de se alimentar, exercitar e estar viva?! Por que não são gratas pelo teto que possuem, pela saúde e oportunidade de ir atrás dos sonhos sem depender de ninguém?! Por que não agradecem o que têm, ao invés de querer ser mais para mostrar aos outros?! Acho que andam esquecendo que muito mais do que ter, é necessário ser grato por tudo de bom que já temos. Reparei cada uma das mulheres e a mim mesma, todas estávamos bem, com saúde, corpos perfeitos e vivas. E nesse momento veio minha maior dúvida: Por que ao invés de ficar baseando nos outros, no que falam, nas posses dos outros... não olham pra si?
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